Memória lesbiana: o dia do orgulho lésbico já havia sido pensado em 2000 para homenagear Rosely Roth

sábado, 21 de agosto de 2021


Míriam Martinho

Hoje, dia 21 de agosto, seria aniversário de Rosely Roth
a quem eu já havia dedicado o 19 de agosto (dia da manifestação no Ferro's Bar), como dia do orgulho lésbico brasileiro, em outubro de 2000, na revista Um Outro Olhar 33 (ver abaixo). A ideia foi retomada por Luiza Granado (da Rede) e Neusa Maria de Jesus, 45, da Coordenadoria Especial de Lésbicas (CEL), da Associação da Parada GLBT (SP) em junho de 2003. 

Na entrevista que deram à Folha de São Paulo, elas disseram porque decidiram lançar o dia do orgulho lésbico. 

Assumir a identidade de lésbica é difícil na família, no trabalho, na igreja. É difícil também quando se trata de saúde", diz a economista Luiza Granado, 42, coordenadora da Rede de Informação Um Outro Olhar. 

A iluminadora de teatro Neusa Maria de Jesus, 45, da Coordenadoria Especial de Lésbicas (CEL), da Associação da Parada GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros), diz que a criação de um dia do "orgulho lésbico" é uma identificação para as mulheres. "Nós queríamos um dia específico para nós", afirma.

Na revista Um Outro Olhar 33, eu disse:

[...] em sua homenagem, decidimos marcar o dia 19 de agosto, dia da manifestação do Ferro's Bar, chamado pelos ativistas da época de nosso pequeno Stonewall Inn, como Dia do Orgulho Lésbico Brasileiro. Assim também prestamos nosso tributo ao Ferro's, fechado no começo de setembro (2000), que, por 38 anos, foi palco de tantas histórias de amor, de tantas histórias políticas e culturais das lésbicas não só paulistanas como de todo o país. 

Recordar é viver! 
 


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