Charlotte Mizzi e Emma Twigg em sua cerimônia de casamento (02/2020) - Img: Women's Day (NZ) |
Quando a remadora neozelandesa Emma Twigg se deu conta de que era lésbica, não planejou servir de exemplo para ninguém.
Mas um afastamento do remo após a Olimpíada do Rio 2016, onde quase conquistou uma medalha de bronze, e o apoio que recebeu de amigos e colegas quando se casou com sua companheira no início deste ano mudaram o cenário.
Sempre tive a postura de querer ser conhecida como Emma, a remadora incrível, antes de Emma, a remadora gay", disse a atleta, de 33 anos, à Thomson Reuters Foundation, em uma entrevista por telefone.
Sinto que tenho muita sorte por sempre ter estado cercada por pessoas que nunca mostraram nenhum tipo de desrespeito, e minha sexualidade não é um ponto focal de minha carreira esportiva", acrescentou.
Emma Wigg se prepara para as Olimpíadas de Tóquio |
A Nova Zelândia legalizou as parcerias civis em 2004 e o casamento homossexual nove anos mais tarde, e foi depois de se casar, em janeiro, que Twigg percebeu que gostaria de usar sua plataforma como atleta para defender pessoas LGB menos privilegiadas do que ela.
Não é algo que, assim que percebi que era gay, fiquei à vontade fazendo. Com certeza exigiu algum tempo, e quanto a isso cada um tem sua jornada", disse.
À medida que cresci, percebi o poder de meu perfil e a oportunidade de fazer o bem usando o trabalho duro que dediquei ao meu esporte".Ela se aposentou temporariamente após a Rio 2016, e sua volta ao esporte foi motivada em parte por seu desejo de mostrar a jovens e a atletas LGB que "a vida continua".
Se, ao ler sobre minha história, alguém se sentir mais confiante, será ótimo", disse ela, que aproveitará o adiamento da Tóquio 2020 para treinar.Clipping Remadora gay da Nova Zelândia busca sucesso olímpico para "lançar luz" sobre injustiças, Por Seb Starcevic, 24/07/2020, UOL Esportes via Reuters
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