Olívia Torres se assumiu lésbica - Foto: Divulgação |
Olivia Torres, de 25 anos, usou as redes sociais para se assumir lésbica. A atriz ficou conhecida na televisão pelos seus papéis em ‘Malhação’, ‘Totalmente Demais’, ‘Tempo de Amar’, entre outras.
O post de Olivia mostra uma série de cenas de filmes que retratam relações homossexuais entre mulheres, e ela diz que sentia “uma sensação nítida de que, se eu tivesse assistido aquilo durante a adolescência, tudo teria sido radicalmente diferente”.
Eu teria chorado lágrimas guardadas há menos tempo, teria assumido algo desde sempre tão óbvio com mais tranquilidade”, continuou ela na narração, do vídeo de 1min e 40s.
Na legenda da post, ela cita os filmes usados no vídeo, revela que foi editado pelo amigo Bruno Mello, e disse que escreveu o texto da narração em 2018.
Também poderiam ser de tantos outros que já vi, que estou pra ver ou que ainda não descobri. Nos enxergar é revolucionário”, declarou.
Em seu texto, a atriz conta que os filmes foram uma parte importante do seu processo de aceitação e descoberta da própria sexualidade. Em outro trecho, ela abre o jogo sobre seus relacionamentos heterossexuais e a forma como eles a faziam sentir, comparando a "exercícios de memória e julgamento".
Seguem o texto completo e o vídeo:
Seguem o texto completo e o vídeo:
A primeira e provavelmente mais arrebatadora foi na sala de cinema. Uma sensação nítida de que se eu tivesse assistido aquilo durante minha adolescência tudo seria radicalmente diferente. Que eu teria chorado lágrimas guardadas há menos tempo e teria assumido algo desde sempre tão óbvio com mais tranquilidade. Duas mulheres que são apresentadas, que flertam, que tem coragem, que se beijam, que entendem que o risco valeu a pena, que se apaixonam, que fodem e amam. Meu corpo respondendo a todos os estímulos, eu encantada pelo amor e simultaneamente destroçada por ele. Pelo que me neguei e me obriguei a viver. Todos os homens que transei e que não queria, todos os 'eu te amo' que copiei de outros casais, e súplicas para que fossem de verdade os arrebatamentos que nunca duravam. Um esforço constante de fazer da minha vida uma encenação tosca. Mas no cinema não era um exercício de memória e julgamento. O arrebatamento vinha da alma, como sendo apresentada a outros espaços dentro do corpo, outras possibilidades assustadoras que antes eu só entendia onde viviam observando no outro. Novidade do que poderia agora ser meu, a mais inédita e irreal possibilidade de amar."
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