Casal de mulheres é agredido por gangue em ônibus em Londres
Agressores exigiram que elas se beijassem, jogaram moedas, socaram e roubaram as duas, de acordo com relato.
Um casal de mulheres foi agredido por uma gangue em um ônibus em Londres, na Inglaterra, depois de se recusar a dar um beijo como queriam os agressores.
Todas as informações do relato foram publicadas na conta de rede social de uma das vítimas, Melania Geymonat.
O incidente aconteceu na quarta-feira da semana passada (dia 29), segundo ela.
Eram ao menos quatro agressores, que exigiam que as duas se beijassem porque eles iriam gostar de olhar, de acordo com seu texto.
Ela afirma que os assediadores jogaram moedas nelas e, então, sua namorada os confrontou. Três deles, então, a agrediram. Geymonat foi socorrê-la e também foi agredida. Ela caiu no piso do ônibus.
Os seus pertences foram roubados.
Incidente aconteceu às 2h30, segundo a polícia.
Temos que aguentar agressão verbal e violência chauvinista, misógina e homofóbica porque, quando uma pessoa se impõe contra isso, coisas como essas acontecem”, escreveu ela.Ela diz que deve ter perdido a consciência e, de repente, a polícia estava lá.
A polícia de Londres disse que o incidente aconteceu às 2h30 da madrugada, e que “as mulheres foram atacadas e tomaram socos diversas vezes antes que os homens fugissem do ônibus; um telefone e uma bolsa foram roubados durante o ataque”.
Fonte: G1, Mundo, 07/06/2019
This was a disgusting, misogynistic attack. Hate crimes against the LGBT+ community will not be tolerated in London.
The @metpoliceuk are investigating and appealing for witnesses. If you have any information - call 101. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, reagiu ao acontecido com uma mensagem no Twitter. Segundo ele, foi um ataque repugnante e misógino. "Os crimes de ódio contra a comunidade LGBT não serão tolerados em Londres". |
Após pagamento de fiança, detidos por agredir casal de lésbicas ganham liberdade
Na noite do dia 29 de maio, duas jovens ficaram feridas após serem alvo de um ataque homofóbico cometido por um grupo de homens em um ônibus de Londres; cinco acusados foram presos
LONDRES - A polícia do Reino Unido deixou em liberdade, após o pagamento de fiança, cinco jovens, com idade entre 15 e 18 anos, detidos por um ataque homofóbico contra um casal de lésbicas em um ônibus de Londres ocorrido na noite do dia 29 de maio.
Eles responderão por acusações de roubo e assalto com agravantes pelo ataque contra Melania Geymonat, uma comissária de bordo uruguaia da companhia aérea Ryanair, de 28 anos, e sua namorada, uma norte-americana identificada apenas como Chris.
A polícia metropolitana de Londres continua investigando se há mais pessoas envolvidas no incidente, no qual as duas vítimas sofreram ferimentos no rosto.
Em sua conta do Facebook, Melania Geymonat escreveu que as agressões física e verbal, que ela e sua namorada sofreram, aconteceram quando ambas estavam na parte de cima do ônibus a caminho da casa da Chris, em Camden Town.
As duas foram atacadas quando os homens perceberam que eram um casal e começaram a repreendê-las, pedindo-lhes que se beijassem e fazendo, ao mesmo tempo, gestos obscenos para elas.
Em consequência dos golpes recebidos, elas ficaram cobertas de sangue. Em seguida, tiraram fotos e postaram nas redes sociais para denunciar o ato de violência.
Eles devem ter visto a gente se beijando ou algo assim. Não me lembro se eles já estavam lá ou se foram atrás de nós. Havia pelo menos quatro deles. Eles começaram a se comportar como hooligans, exigindo que nos beijássemos para que pudessem assistir, chamando-nos de lésbicas e fazendo gestos sexuais. Não me lembro de todo o episódio, mas a palavra 'tesoura' ficou na minha cabeça. Foram apenas eles contra nós. Na tentativa de acalmar as coisas, comecei a fazer piadas. Eu pensei que isso poderia fazê-los ir embora. Chris até fingiu que ela estava doente, mas eles continuaram nos assediando, jogando moedas e ficando mais entusiasmados com isso", disse Geymonat na sua página do Facebook.
Ela comentou ainda que se lembra de ver a Chris no meio do ônibus lutando contra os jovens, já com o rosto cheio de sangue. Três deles a espancavam, naquele momento. Depois, Geymonat começou a ser agredida. Levou socos, ficou enjoada ao ver o sangue e caiu no chão.
Não me lembro se perdi ou não a consciência. De repente, o ônibus tinha parado, a polícia estava lá e eu estava sangrando", disse Geymonat, que, além de ter o nariz quebrado, teve o telefone e a bolsa roubados pelo agressores, que em seguida, fugiram do local.
As duas foram encaminhadas a um hospital da região, onde receberam tratamento médico. Uma delas disse que um dos criminosos falava espanhol e que os outros tinham sotaque britânico.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, reagiu ao acontecido com uma mensagem no Twitter. Segundo ele, foi um ataque repugnante e misógino. "Os crimes de ódio contra a comunidade LGBT não serão tolerados em Londres".
Não tive coragem de voltar ao trabalho. O que me deixa chateada é que a violência se tornou algo muito comum. Estou cansada de ser considerada como um objeto sexual, de descobrir que essas situações são comuns, de amigos gays que foram espancados. Eu só espero que em junho, Mês do Orgulho LGBT, coisas assim possam ser ditas em voz alta, e parem de acontecer", ressaltou Geymonat no post.
Prisão
Na sexta-feira, 7, quatro jovens, com idades entre 15 e 18 anos, foram presos, acusados de envolvimento no ataque homofóbico contra as duas mulheres no ônibus de Londres. No sábado, 8, a Polícia do Reino Unido também prendeu um adolescente, de 16 anos. Todos ganharam a liberdade neste domingo, após pagamento de fiança.
Ataques
Em 2018, a capital britânica registrou 2.308 ataques homofóbicos. Em 2014, foram 1.488, segundo os números da polícia metropolitana de Londres.
Outro ataque contra um casal de lésbicas levou um teatro de Southampton, no sul da Inglaterra, a cancelar apresentações da peça Rotterdam.
Duas das atrizes do elenco sofreram ferimentos leves, após serem atacadas com pedras por pessoas dentro de um veículo quando chegavam para a sessão, segundo informou a produtora da peça, Hartshorn-Hook. / EFE
Fonte: Estadão, 09/06/2019
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