Como Beyoncé usou o Global Citizen para protestar contra discriminação LGBTQI+ na África
Beyoncé e Jay Z levaram uma edição especial da “On The Run II” para o Global Citizen Festival: Mandela 100 em Johannesburgo, na África do Sul, no domingo (2/12). Durante a apresentação, a cantora recontextualizou a música “Formation” com uma performance dedicada a emanar uma mensagem positiva em prol da comunidade LGBTQI+, que sofre nas mãos de políticas ultrapassadas em todo o continente africano. A África do Sul é o país mais gay friendly da região, pioneiro na legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas 32 países da África enquadram a homossexualidade como crime, com diferentes punições. Elas vão desde de uma multa até a prisão perpétua ou a pena de morte. Os casos extremos são na Nigéria, no Sudão e na Somália
Lançada em 2016 com uma apresentação no Super Bowl, “Formation” sempre foi apresentada como um protesto contra a discriminação racial e a brutalidade policial contra afro-americanos. São essas as referências trazidas no clipe e na performance realizada no Super Bowl, quando Beyoncé aludiu ao grupo Pantenas Negras. Mas, no Global Citizen, a cantora levou ao palco o arco-íris – símbolo da comunidade LGBTQI+. Ela identificou que, além da pobreza extrema, que o Global Citizen visa combater, esse é outro grave problema social do continente africano. Beyoncé e suas dançarinas fizeram a performance vestindo figurinos cada um de uma cor do arco-íris. Veja o vídeo:
De acordo com matéria da revista Vogue, o macacão monocolor com alfinetes à mostra foi inspirado em um vestido Versace icônico usado por Elizabeth Hurley na estreia do filme “Quatro Casamentos e um Funeral” em 1994 (veja abaixo). Quem cuidou do look para Beyoncé foi Mary Katrantzou. “Queríamos que a roupa representasse a energia e a graça de Beyoncé no palco, enquanto celebramos a diversidade da África”, explicou.
Fonte: Portal PopLine, por Leonardo Torres, 03/12/2018
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