5 compromissos para empresas respeitarem direitos LGBT, de acordo com a ONU
A Organização das Nações Unidas elaborou um documento para orientar o setor privado sobre o tema. Mais de 17 companhias brasileiras demonstram apoio a iniciativa.
As ações afirmativas de empresas para a inclusão de lésbicas, gays e correlatos* para promover o respeito à diversidade no mercado de trabalho ainda são escassas e inconsistentes. A conclusão é da Organização das Nações Unidas. A ONU reconhece que a última década trouxe avanços para milhares de lésbicas, gays e correlatos ao redor do mundo, mas ressalta que esse progresso tem sido parcial e desigual, com avanços significativos alcançados em alguns países e para algumas comunidades, compensados pela falta de progresso, ou até mesmo retrocesso, em outros lugares.
Se quisermos alcançar um progresso global mais rápido rumo à igualdade para lésbicas, gays e afins, o setor privado não apenas terá de cumprir com suas responsabilidades de direitos humanos, mas também de tornar-se um agente ativo de mudança", afirmou Zeid Ra'ad Al Hussein, Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU, na abertura do relatório "Enfrentando a discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, pessoas trans e intersexo - Padrões de Conduta para Empresas".
Essas pessoas são excluídas do acesso ao meio. Se não têm acesso ao trabalho, não têm acesso a aluguel, não têm como cuidar da saúde, da sua saúde mental.Pri Bertucci, fundador do SSEX BBOX.
Os padrões de conduta foram definidos pela ONU com base em normas e boas práticas reconhecidas internacionalmente, elaborados após um ano de reuniões consultivas regionais, com representantes de empresas e da sociedade civil na Europa, África, Ásia e Américas. O documento oferece a empresas de todo o mundo – de pequeno, médio e grande porte, nacionais e multinacionais – orientações sobre como respeitar os direitos da população lésbicas, gays e correlatos dentro e fora do mercado de trabalho.
Para chamar o setor empresarial brasileiro a assumir essa responsabilidade, a campanha Livres e Iguais da ONU lançou o documento em evento em São Paulo no mês passado, como parte das comemorações do Mês Internacional do Orgulho LGBT.
Veja outras empresas que atuam no Brasil e se comprometeram com o padrões de conduta da ONU:É particularmente importante realizar o lançamento latino-americano dos Padrões de Conduta em São Paulo, já que o setor privado brasileiro aderiu de modo extraordinário a eles desde o início, com mais de 17 empresas na lista de primeiros apoiadores", ressaltou Fabrice Houdart, Oficial de Direitos Humanos das Nações Unidas e co-autor do relatório. Entre as signatárias estão Braskem, Gol, Natura, Jogê, entre outras (veja a lista completa abaixo). Globalmente, mais de 140 empresas já manifestaram apoio a iniciativa.Veja abaixo quais são os cinco compromissos básicos que as empresas devem assumir para combater o preconceito e apoiar a diversidade:
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Empresas brasileiras
Gol Linhas Aéreas, Braskem, Natura, Mattos Filho Advogados, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Maria Farinha Filmes, Jogê, Fotos Públicas, Demarest, MCV Advogadas, O Panda Criativo, Trench, Rossi e Watanabe, Banca Comunicação, Moom, Lee Brock e Camargo Advogados, Grupo Sá Engenharia, Cobasi, Veirano Advogados.
Empresas multinacionais presentes no Brasil que também apoiam a iniciativa
Accor Hotels, Avianca, Calvin Klein, Johnson & Johnson, Kellog, KPMG, Levi's, Pepsi Cola, Santander, Société Générale, Sodexo, Telefônica/Vivo, Thyssen Krupp, Uber e Zara.
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* Nota: Travestis, Transgêneros e Intersexuais
Fonte: Com informações de Huffpost, por Leda Antunes, 17/07/2018
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