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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Pistolas Rosa contra ataques homofóbicos


Contra-ataque - 'Pink Pistols' se armam contra efeito Trump
Gays se reúnem em grupos que defendem o porte de armas contra ataques homofóbicos

“Gays armados não são espancados” é um dos lemas do Pink Pistols, grupo LGBT que prega o porte de armas como defesa. Seu apelo ganhou força com o ataque a tiros que deixou 49 pessoas mortas em uma casa noturna gay em Orlando, no ano passado, e a emergência de grupos neonazistas e defensores da supremacia branca embalados pela vitória de Donald Trump, em novembro.

A autodefesa foi a motivação da lésbica Gwendolyn Patton, que ingressou no Pink Pistols em 2001. Hoje, ela é a porta-voz da entidade, que propaga a ideia de que a comunidade LGBT tem de se armar. 
Nosso objetivo é fazer com que os gays nos EUA não sejam um alvo fácil para alguém que queira cometer um crime de ódio. Queremos mostram que nem todos os gays apanharão passivamente.”
Patton disse que o interesse pela organização cresceu após o massacre na casa noturna Pulse, no qual os gays representaram o maior número de vítimas. Em seu site, a entidade lista subsidiárias em 51 cidades, entre as mais recentes está a de Charlottesville, onde ocorreram manifestações neonazistas e de supremacistas brancos. 
A página do Pink Pistols no Facebook tem 8.700 seguidores, mas Patton acredita que o número seja maior. No passado, eles estavam no armário, agora eles estão no cofre”, disse ela, em referência a gays que não declaram ser portadores de armas.
Grupos como o Pink Pistols e o Trigger Warning Queer são minoritários dentro do movimento LGBT. As principais organizações defendem a imposição de controles, entre os quais restrições no acesso a fuzis de estilo militar.

A vitória de Trump também levou ao aumento na busca de armas pelos negros. Fundada em 2015, a Associação Nacional Afro-Americana de Armas viu seu número de subsidiárias passar de 4 para 48, a maior parte das quais abertas neste ano.

Fonte: Estado de São Paulo, Claudia Trevisan, 24/10/2017

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