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quinta-feira, 6 de abril de 2017

Templo budista em Tóquio oferece sepultura conjunta para casais homossexuais



Templo em Tóquio oferece túmulos conjuntos para casais homossexuais
Decisão é incomum, pois país não reconhece o casamento homossexual e normalmente não permite que casais, que não são casados, compartilhem a mesma sepultura.

Um templo budista de Tóquio decidiu oferecer pela primeira vez túmulos para casais do mesmo sexo, algo incomum no Japão, país que não reconhece o casamento homossexual e normalmente não permite que casais, que não são casados, compartilhem a mesma sepultura.
Desde que você está mudando o conceito de padrão de família hoje em dia, deveria variar também a forma dos cemitérios", disse à Agência Efe um porta-voz do templo Shodaiji, em Tóquio, responsável pela iniciativa.
No Japão é costume guardar as cinzas de pessoas casadas na mesma tumba, embora não haja restrição legal para que um casal que não seja casado possa fazer isso. No entanto,estes enterros são pouco frequentes, por conta da oposição das famílias ou dos funcionários do cemitério.

O templo da corrente budista Jodo Shinshu, um dos maiores do Japão, pretende mudar esta dinâmica, de modo que desde outubro do ano passado, oferece sepultura conjunta para todo tipo de gente, sem importar sua religião, país de procedência ou relacionamento legal entre os mortos.


Por enquanto, dez dos 200 túmulos disponíveis para pessoas não casadas foram contratados, embora nenhum deles tenha sido adquirido por casais homossexuais.

O valor desse tipo de sepultamento é a partir de 1,2 milhão de ienes (cerca de US$ 10,8 mil) para o plano básico, que permite guardar as cinzas por até seis anos depois da morte do último falecido. Após este período,  as cinzas são transferidas para um túmulo coletivo.

A Constituição japonesa define o casamento como "união baseada só no consentimento mútuo de pessoas do sexo oposto", enquanto a legislação civil nacional não reconhece o casamento homossexual.

No entanto, algumas autoridades japonesas - como o distrito de Shibuya, em Tóquio -, começaram a reconhecer as uniões civis homossexuais, e inclusive o templo budista de Shunkoin, em Kyoto, começou, em 2014, a realizar casamentos de casais do mesmo sexo.

Além disso, muitas das grandes empresas japonesas começaram a implementar recentemente normas trabalhistas igualando os direitos de seus funcionários gays com os dos trabalhadores heterossexuais.

Fonte: G1, 29/03/2017

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