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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Campo de concentração para gays na Chechênia assusta o mundo civilizado


Chechênia mantém ‘campo de concentração’ para torturar gays

BUDAPESTE, 12 ABR (ANSA) – A polícia da Chechênia foi acusada de prender homossexuais e manter um campo de concentração secreto para torturas e assassinatos. O caso, divulgado pelo jornal russo “Novaya Gazeta”, repercutiu na Europa nesta quarta-feira (12), com autoridades políticas e ONG’s de direitos humanos exigindo respostas às denúncia. De acordo com o jornal, mais de cem homens já teriam sido vítimas das prisões ilegais feitas pelos policias, somente por serem gays. O centro de detenção está localizado na cidade de Argun. 

A publicação apontou ao menos três assassinatos no centro de detenção, mas fontes locais afirmaram que o número pode ser “muito maior”, isso porque ainda vigora na Chechênia a cultura do “crime de honra”. 

ONG’s locais afirmam que muitos homossexuais, depois de presos e torturados, são “devolvidos” para seus familiares para que a própria família os execute para “limpar” a imagem na sociedade. 

Em outros casos, as famílias são obrigadas a vender apartamentos, casas e bens para “pagar o resgate” dos homens presos. 

A perseguição aos gays teria começado em fevereiro no país, quando a polícia prendeu um homem que estava drogado e encontrou fotos e vídeos homossexuais em seu celular. Os policiais, então, começaram a caçada, deixando o telefone do detido ligado propositalmente e, a cada homem que o telefonava, os agentes saiam para prendê-lo. 

Testemunhas e ex-prisioneiros relataram torturas com corrente elétrica dentro do centro de detenção, além de agressões com bastões, canos de plástico e socos. 

A denúncia gerou polêmica na Europa. O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados da Itália, Fabrizio Cicchitto, pediu que o governo italiano intervenha na situação e pressione a Rússia para interromper as práticas na Chechênia.
Naquela região, existe um problema mais geral de liberdade que atinge também os opositores aos regimes, os quais são tratados de maneira desumana”, comentou.
Mas os políticos chechenos, como o porta-voz do presidente Ramzan Kadyrov, Alvi Karimov, definiu a denúncia como “uma absoluta mentira” e alegou que não há gays no país.
Não é possível prender ou perseguir pessoas que simplesmente não existem na nossa república”, disse o representante do líder checheno, ligado ao governo russo. “Se existissem pessoas assim na Chechênia, as forças de ordem não teriam problema nenhum, porque seriam os próprios familiares a mandá-los para aquele lugar sem volta”, completou. 
A Chechênia é um país da região do cáucaso russo e palco de instabilidades políticas. (ANSA)

Fonte: Isto É, Ansa,12.04.17 

Segundo imprensa russa, este seria o local onde gays estariam sendo presos

E a Avaaz está promovendo um abaixo-assinado contra esse absurdo. Assine a petição da Avaaz clicando no link abaixo:
Ao Presidente Putin e todas as autoridades russas:
"Como cidadãos globais preocupados com esta situação, nós pedimos que Vossas Excelências parem com a repressão contra os gays na Chechênia e defendam os valores de justiça e tolerância."
Mais informações:

A Chechênia abriu o primeiro centro de tortura para gays do mundo, e é tão horrível quanto parece. Homens estão sendo eletrocutados, torturados até que revelem nomes de outros gays e espancados tão violentamente que muitos já morreram. 

Perseguir gays e colocá-los em prisões é algo que só nazistas fariam. É terrivelmente triste e revoltante, mas existe um maneira de acabar com isso.

A Avaaz irá fortalecer o pedido de ativistas locais na imprensa e usar nosso apelo internacional para colocar um fim nesta repressão. Assine a petição clicando neste link e espalhe-a para todos. Vamos chegar a um milhão de assinaturas!

Para mais informações sobre o tema, acessar o Russian LGBT Network

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