São Paulo, SP – Era uma vez uma princesa chamada Cíntia, que havia sido prometida em casamento para o príncipe Febo, do reino vizinho. Perto da data da cerimônia, vai fazer seu vestido – e descobre que, na verdade, o amor de sua vida é a pobre costureira Isthar.
Após se abrir para os pais, a princesa é presa em uma torre. Sua amada, então, tem de convencer o rei a lhe dar a mão de Cíntia.
Esse é o enredo de “A princesa e a costureira”, livro infantil que a psicóloga Janaína Leslão lança, em dezembro, pela editora Metanoia. Voltado para crianças e pré-adolescentes a partir dos dez anos, é o primeiro conto de fadas nacional com protagonistas lésbicas.
No exterior, livros com a mesma temática causaram polêmica recentemente. Em agosto deste ano, a prefeitura de Veneza, na Itália, proibiu que as escolas públicas adotassem os livros “Piccollo uovo” (pequeno ovo), que traz um pinguim com dois pais e “Jean a deux mamans” (Jean tem duas mamães), por considerá-los nocivos à família.
Janaína conta que decidiu escrever um livro que falasse sobre homossexualidade depois de perceber que não havia material para que os pequenos tivessem contato com o assunto.
Assim surgiu a história de Cíntia e Isthar, que Leslão escreveu em 2009 e só conseguiu publicar agora. “Procurei umas 20 editoras, mas só recebi recusas”, conta. “Sou uma escritora desconhecida e a história é ousada; era encarada como difícil”.
Fonte: Gazeta de Alagoas, Conto de fadas traz questão de gênero, Angela Boldrini (FolhaPress), 29/11/2015
Fonte: Gazeta de Alagoas, Conto de fadas traz questão de gênero, Angela Boldrini (FolhaPress), 29/11/2015
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