No ato, pacífico, manifestantes e organizadores evitaram menção direta a projeto que tramita no Congresso Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia |
Nenhum dos entrevistados pelo DIA, nem faixas e cartazes exibidos, fazia menção direta à campanha em defesa do projeto contra a família gay, que tramita no Congresso Nacional
Rio - Cerca de duas mil pessoas lotaram a Avenida Nilo Peçanha, no Centro de São Gonçalo, na tarde de ontem, para participar da ‘Primeira Caminhada pela Família’, organizada por lideranças católicas e evangélicas em favor da família tradicional, formada por homem, mulher e filhos. A concentração aconteceu em frente ao Sesi-SG e teve encerramento na Igreja Matriz.
Crianças, jovens, casais e muitos idosos estiveram no ato pacífico, que teve música ao vivo, cartazes e o apoio de vereadores do município. “Estamos aqui hoje para defender a família, aquele modelo que Deus criou e fez questão de mostrar pra gente. É importante lembrar que não estamos agredindo ninguém”, argumentou o supervisor João Peclat, de 47 anos, ao lado da esposa, a propagandista Nadja Peclat, 43, e a filha Maria Eduarda, 10.
Nenhum dos entrevistados pelo DIA, nem as faixas e cartazes exibidos, fazia menção direta à campanha em defesa do projeto contra a família gay, que tramita no Congresso Nacional. “Um pouco de esforço para defender Deus e os princípios sempre vale a pena”, resumia a aposentada Zélia dos Santos, 68.
Já a professora Rosana Temperini, 38, criticou a forma como a formação da família é apresentada pelos programas de TV. “As crianças precisam participar dessa marcha para entender desde cedo o real sentido da família. O que é mostrado na televisão, muitas vezes, vai de encontro com esse pensamento”, argumenta Rosana, que estava com o marido e os filhos, João Gabriel, de 2 anos, e João Paulo, de 9.
Em entrevista recente ao jornal ‘Folha da Cidade’, um dos idealizadores da caminhada, o padre André Luis Siqueira, da Paróquia São Gonçalo de Amarante, disse que a família está vivendo uma sucessão de ofensas. A ideia da passeata era impedir que isso continuasse, mas sem fazer apologia à homofobia. “A Igreja não está contra as pessoas que são homossexuais. Estamos reafirmando e resguardando aquilo que acreditamos há mais de 2 mil anos”.
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