Polícia reprimiu manifestação pelo direito dos homossexuais em Moscou (Foto: Maxim Shemetov/Reuters) |
Vários ativistas detidos em manifestação gay
Vários ativistas russos foram detidos em Moscou, no sábado, durante uma manifestação não autorizada a favor dos direitos dos homossexuais.
De acordo com a France Press, a polícia cercou os ativistas na Praça Tverskaya, no centro da cidade, onde estes se reuniram.
Aquilo que as autoridades russas e de Moscou estão fazendo é contra a lei - o que aconteceu aqui é completamente ilegal", disse à Reuters o russo Nikolai Alexeyev, ativista gay, segundos antes de ser arrastado para uma carrinha da polícia com ferimentos numa das mãos. "Estamos apenas tentando levar a cabo uma ação pelos direitos humanos".
Autoridades haviam vetado realização de parada do orgulho gay (Foto: Maxim Shemetov/Reuters) |
Fontes locais confirmaram à Reuters que alguns ativistas foram atacados por manifestantes anti-gay, também presentes no local, como os dois ativistas que tentaram içar uma bandeira com as cores do arco-íris, símbolo do "orgulho gay".
Outros manifestantes, também munidos de bandeiras coloridas nas quais se lia "Make love not war" ("Faça amor, não guerra"), foram igualmente atacados pelo grupo anti-gay.
"Estamos contra este fenómeno que nos é imposto, contra a homossexualidade, contra os valores não-tradicionais. Contra a pederastia e a sodomia", disse à Reuters Elena Kakhtaryova, ativista anti-gay. No cartaz que exibia, lia-se: "Não aos valores europeus de defesa dos gays. Apenas a Rússia e apenas a vitória".
Apesar de a manifestação ter sido proibida por um tribunal de Moscou, como já era previsível, os ativistas homossexuais decidiram ainda assim levá-la adiante.
Em 2013, o presidente Vladimir Putin aprovou uma série de leis contra a "disseminação de propaganda gay", condenadas pelo Ocidente, que as considerou "intolerantes".
Fontes: Expresso, G1, 30/05/2015
Fontes: Expresso, G1, 30/05/2015
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