Novela 'Alto Astral' homenageia casal de mulheres que a censura matou em 'Torre de Babel'

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Desta vez elas escaparam

Novela 'Alto Astral' homenageia lésbicas mortas em 'Torre de Babel'

A novela "Alto Astral" (Globo) prestou uma homenagem ao casal Leila (Silvia Pfeiffer) e Rafaela (Christiane Torloni) de "Torre de Babel" (1998).

Rejeitadas pelo público da época, as personagens foram "eliminadas" pelo autor, Silvio de Abreu, na explosão do shopping.

Mas a emissora usou "Alto Astral", atual novela das 19h, para se redimir 16 anos depois. No capítulo do último sábado (20), um shopping também explodiu na novela.

Na ocasião, as personagens Úrsula e Maria Inês, vividas pelas mesmas atrizes, também estavam no shopping no meio da explosão, mas desta vez conseguiram sair com vida.
A gente vai sair daqui viva. Eu te prometo. Não vai acontecer nada com a gente. Dessa vez, não!", disse Maria Inês (Christiane Torloni) à amiga.
Veja a cena: Desta vez, não!

As atrizes Silvia Pfeifer e Christiane Torloni
 na novela 'Torre de Babel', da TV Globo

Não entendo até hoje de onde veio a censura, diz atriz sobre lésbica morta em novela da Globo

Silvia Pfeifer, 56, comemorou o fato de voltar a contracenar com Christiane Torloni, 57. Será na novela "Alto Astral", que a Globo estreia na faixa das 19h no próximo dia 27.

As duas vão disputar o personagem de Edson Celulari, 56, mas já foram par romântico na novela "Torre de Babel" (1998).

À época, o casal homossexual foi rejeitado pelo público e acabou morrendo em uma explosão.

"O Silvio de Abreu, autor da novela, soube lidar muito bem com tudo", avaliou Pfeifer em entrevista à coluna "Olá", assinada por Isabela Rosemback e publicada no jornal "Agora" desta segunda-feira (20).

"No final, foi um presente ele ter me matado na trama, na explosão do shopping", afirmou. "A personagem da Christiane, Rafaela, já morreria. A minha, Leila, viveria outro 'affair'. Como houve aversão à ideia, Leila ficaria perdida e Silvio a matou. Voltei como sua irmã gêmea."

A atriz afirmou que não sentiu nenhuma rejeição do público ao relacionamento nas ruas.

"Não entendo até hoje de onde veio a censura. No estúdio, já eram cortadas várias cenas e falas. Aí a história foi se esvaziando."

Pfeifer acredita que hoje a trama teria outro direcionamento. "Não tanto pela abertura que deram ao tema da homossexualidade, mas pela ausência da censura como existia", afirmou.

Fonte: UOL F5, 20/12/2014

1 comentários:

  1. OK, no entanto, outro personagem gay masculino e afeminado, vem sofrendo homofobia, sendo chamado de "peruana", louca, e levando tapas na cara e empurrões de outro personagem metido a machão, que não lembro o nome, afim de afastar suas cantadas.

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