Parlamento aprova legalização do casamento gay na Finlândia
Com a decisão, a Finlândia se torna no 18° país do mundo a reconhecer o casamento homossexual
Eduskunta, parlamento finlandês, aprovou, na sexta-feira (28/11), a legalização do casamento homossexual no país por 105 votos a favor e 92 contra.
A proposta dividiu a coalizão de governo e os partidos políticos, que tinham concedido liberdade de voto a seus deputados ao considerar que se tratava de uma "questão de consciência".
As três forças majoritariamente favoráveis à nova lei foram os Verdes e a Aliança de Esquerda, parceiros há meses da coalizão governamental, e os social-democratas. Por outro lado, quase todos os deputados centristas, democratas-cristãos e ultranacionalistas se opuseram.
O resto dos partidos, entre eles o conservador Kokoomus do primeiro-ministro Alexander Stubb, ficaram mais divididos, embora a maioria de seus deputados tenham votado a favor da nova lei.
A Finlândia era, até agora, o único país nórdico que não reconhecia o casamento entre pessoas do mesmo sexo, um direito que foi aprovado na Suécia e Noruega em 2009, na Islândia em 2010 e na Dinamarca em 2012.
Histórico
Há dois anos, uma iniciativa parlamentar da esquerda finlandesa tentou impulsionar a tramitação da lei do casamento homossexual, mas o projeto não prosperou ao ser rejeitado por uma estreita margem na Comissão de Assuntos Legais.
A mudança legislativa aprovada tem sua origem em uma iniciativa popular apresentada em 2013 que recolheu 167 mil assinaturas, mais do triplo do que o necessário, o que forçou sua tramitação parlamentar.
Trata-se da primeira iniciativa cidadã que alcança o respaldo do parlamento finlandês desde a entrada em vigor deste procedimento legislativo em 2012.
Com esta decisão do Eduskunta, a Finlândia se torna no 18° país do mundo que reconhece o casamento homossexual, junto com a Argentina, Bélgica, Brasil, Canadá, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Islândia, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Portugal, Reino Unido, África do Sul, Suécia e Uruguai.
Além disso, ele é legal em 35 dos 50 estados pertencentes aos Estados Unidos e em algumas regiões do México, entre elas o Distrito Federal da capital.
Fonte: Terra, 28/11/2014
Fonte: Terra, 28/11/2014
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