Eu vos declaro
Adriana, Munira, Luís, Nilton, Marco, Will e Léo são brasileiros que vivem ou viveram relacionamentos homoafetivos estáveis. Em um país, cuja legislação para esse segmento social ainda é falha, criaram um novo conceito de família. No filme “Eu vos declaro…” (2012), com direção de Alberto Pereira Jr., estes personagens reais abrem suas intimidades e mostram histórias de amor, de luta e de superação.
Adriana, Munira, Luís, Nilton, Marco, Will e Léo são brasileiros que vivem ou viveram relacionamentos homoafetivos estáveis. Em um país, cuja legislação para esse segmento social ainda é falha, criaram um novo conceito de família. No filme “Eu vos declaro…” (2012), com direção de Alberto Pereira Jr., estes personagens reais abrem suas intimidades e mostram histórias de amor, de luta e de superação.
O documentário participou da 7ª Mostra de Cinema e Vídeo de Miracema, no Tocantins. Esteve também na 20ª edição do Festival Mix Brasil, no Rio de Janeiro e em São Paulo, além de competir no 6º For Rainbow, em Fortaleza, no Ceará.
Confira abaixo o trabalho do diretor Alberto Pereira Jr.
Fonte: Gira São Paulo, 18/07/2014
Jovens brasileiros contam porque não têm coragem de assumir a homossexualidade
Eles não queriam ser gays. Eles não escolheram ser gays. Mas a sociedade os julga, os amigos os xingam, os pais os rejeitam e as religiões os mandam para o pior dos infernos. Para se proteger de tudo isso, milhares, senão milhões, de jovens brasileiros homossexuais vivem suas vidas “no armário”. Em um vídeo sensível e tocante, o canal Põe na Roda convidou alguns desses adolescentes para conversar, anonimamente, sobre o assunto. Afinal, o que há dentro do armário?
Se nas Crônicas de Nárnia, o armário reservava um mundo mágico a ser explorado, o conceito pode ser, de certa forma, aplicado à realidade desses garotos. Enquanto que em certos grupos e situações (às vezes, somente na internet), eles conseguem ser do jeito que são (a mágica da liberdade!) sem grandes preocupações, na família, na escola, na igreja e no trabalho, a vida falsa e aquilo que é omitido é um grande peso. No vídeo, alguns deles mencionam inclusive pensamentos de negação, como o desejo de ter nascido heterossexual ou a vontade de “cura”.
As histórias contadas por eles também revelam marcas profundas do machismo na sociedade: o pai que se preocupa com “o que vão pensar sobre ele ter um filho gay”, a necessidade de se afirmar “macho” para fugir da homofobia e o sonho que pais têm em “ter um filho que jogue futebol e se case com uma mulher “. Essa é apenas mais uma prova de que o machismo não afeta apenas as mulheres, mas os próprios homens – homossexuais ou não.
Nas religiões, a impossibilidade de salvação para os gays é outro pensamento que pesa. “Dizem que Deus é amor”, afirmou um dos garotos, inconformado em ser considerado pecador pelo simples fato de amar alguém do mesmo sexo. Mas a aceitação não é apenas um mal estar individual. Estar no armário e não ser aceito mata. Milhares de adolescentes homossexuais cometem suicídio todos os anos por causa disso. Eles não querem ser uma vergonha para os pais, nem para a sociedade. Eles só queriam ser aceitos e amados.
O fim do vídeo traz uma das partes mais emocionantes e nos lembra que não só no Brasil, mas no mundo, sair do armário ainda é um ato político. Assista ao vídeo, compartilhe, discuta e permita que os homossexuais compreendam que há magia também fora do armário.
Fonte: Terra, Hypeness
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