Vereador Ditinho Matheus diz que destruturação da segurança pública é culpa dos LGBT |
Vereador de São Carlos diz que casamento gay gera violência
Infeliz foi a fala do vereador do PMDB da cidade de São Carlos na última sessão ordinária do dia 15 de abril. Ditinho Matheus ou Benedito Matheus Filho utilizou de seu discurso para atentar contra os direitos civis de homossexuais.
Falando sobre a violência, o vereador disse acreditar que o principal motivo que desestruturou a segurança pública no país é o fato de a “família tradicional” estar sendo desestruturada com projeto ainda não votado de autoria de Marta Suplicy onde uma criança passaria a ter pai e pai e mãe e mãe. Segundo o vereador, deve-se combater o preconceito mas não se pode apoiar projetos como este e eventos que promovam o homossexualismo [sic]. Ainda de acordo com o vereador, existe uma heterofobia dominante no país.
O discurso soou mal na comunidade LGBT de São Carlos que reagiu imediatamente e irá se manifestar nos próximos dias com notas de repúdio e possíveis atos mostrando para o vereador o equívoco de seu discurso de ódio. Você pode assistir ao vídeo CLICANDO AQUI e o discurso começa por volta dos 87:20 minutos de gravação do dia 15 de abril de 2014.
Esquece o vereador que combater a homofobia como ele bem disse começa por respeitar a igualdade entre homossexuais e heterossexuais que uma vez tendo os mesmos deveres devem perante a Constituição igualmente ter os mesmos direitos e estes direitos estão atualmente norteando a militância LGBT em todo o mundo. A instituição do casamento civil, hoje realidade no Brasil graças ao STF, foi duramente criticado pelo vereador Ditinho Matheus (PMDB) alegando este que homossexuais se casando desestrutura a família brasileira o que acaba por consequência gerando violência.
O estranho na fala do vereador é desclassificar a unidade familiar onde existem dois homossexuais. Em sua fala, fica nítido um posicionamento de repúdio contra o cidadão LGBT que tem, em São Carlos, um forte movimento de iniciativas inéditas de políticas públicas voltadas para a cidadania LGBT.
Fica aqui portanto a dúvida: Para o vereador Ditinho Matheus, combater a homofobia se resume a não matar homossexuais? Mas cá entre nós, matar o homossexual socialmente e civilmente não é tão cruel quanto uma agressão física ? Desejamos maior sensibilidade do vereador para um assunto ainda vergonhosamente necessário em pleno século XXI onde, por exemplo, cor da pele e a forma de amar ainda desperta discursos de ódio.
Fonte: Tadashi HP, 18/04/2014
Fonte: Tadashi HP, 18/04/2014
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