Arquidiocese de Córdoba autoriza batismo de menina de casal de lésbicas
Na Argentina, no último sábado (05/04/2014), o pároco Carlos Varas batizou uma menina, filha de duas mulheres, em cerimônia na catedral de Córdoba. Nascida há um mês, fruto de reprodução assitida, a bebê recebeu o nome de Umma Azul e foi registrada, na certidão de batismo, com a filiação de Karina Villarroel e Soledad Ortiz.
Casadas de acordo com a lei aprovada em 2013 na Argentina, o casal de mulheres se tornou o primeiro caso de casamento entre pessoas do mesmo sexo a batizar um filho de acordo com a lei católica.
Depois do aval do Arcebispo de Córdoba, Carlos Nuñez, que apenas pediu para haver cuidado na escolha dos padrinhos para a criança crescer na fé católica, as duas mães da criança - uma ex-polícia e uma dona de casa - pediram que a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, fosse a madrinha de Umma por ter ocorrido, durante o seu mandato, a aprovação da chamada lei da igualdade no casamento, com apoio também da oposição. Kirchner foi representada por sua assistente Claudia Fenochio.
Esta foi uma das bandeiras do Papa Francisco enquanto arcebispo de Buenos Aires. Na altura, opôs-se à lei do casamento "gay"; agora como chefe máximo da Igreja Católica tem defendido a inclusão de crianças em famílias homossexuais na Igreja, tendo pedido aos dirigentes religiosos de todo o mundo para não fornecerem a essas novas gerações uma vacina contra a fé.
Uma atitude que, na Argentina, é agora vista como a referência para o arcebispo de Córdoba autorizar este batismo, apesar de a notícia ter «irritado» os setores mais conservadores da Igreja.
Com informações de TSF, Rádio Notícias e El Clarín
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