Na segunda-feira (03/01), a Justiça condenou um frigorifico em Lucas do Rio Verde (MT), a indenizar uma trabalhadora que sofreu assédio moral na unidade em até R$ 150 mil. O valor se refere ao dano moral sofrido repetidas vezes pela funcionária em função de sua orientação sexual e por outros episódios e aspectos do trabalho. A líder do setor onde ela atuava diariamente a agredia chamando-a de "sapatão".
No dia de ontem a decisão foi tomada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região. Como foi proferida em primeira instância, pela Vara do Trabalho de Lucas do Rio Verde, ainda cabe recurso.
De acordo com o tribunal, a trabalhadora chegou a viver angustiada e a sofrer de um quadro de depressão grave devido a constantes agressões verbais diante das colegas de trabalho. Ela atuava desde 2011 como operadora de produção num setor onde as vísceras das aves são retiradas.
A VITÍMA - Diariamente, ela era agredida pela líder do setor, que a chamava de “sapatão” e desprezava sua orientação sexual dizendo não saber se a funcionária era homem ou mulher e avisando os colegas para não ficarem perto dela por causa disso.
Além disso, devido às condições de trabalho, a funcionária sofreu de dores no punho e na coluna. As lesões foram confirmadas por perícia médica. Outros pontos que geraram indenizações foram o não pagamento de adicional por insalubridade, ausência de intervalos na jornada de trabalho e violação da intimidade da trabalhadora devido à presença de uma câmera no vestiário.
Fonte: CenárioMT, 04/01/2014
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