Apesar da intensa polêmica quando de sua aprovação, o casamento LGBT começa a virar rotina na França |
Casamentos homossexuais na França já representam 1% do total
Grandes cidades da França registraram 596 cerimônias desde a aprovação da lei que autoriza casamentos entre pessoas do mesmo sexo
Paris - As grandes cidades da França registraram 596 casamentos homossexuais nos últimos três meses, o que representa 1% das cerimônias realizadas nesses municípios desde a aprovação da lei que autoriza os casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Segundo uma pesquisa publicada hoje pela emissora "France Inter" a partir dos dados das 50 cidades mais povoadas da França, Paris é a que mais realizou casamentos homossexuais, na frente de Nice e Toulouse.
A capital francesa recebeu 241 desses casamentos, seguida de Nice (37), Toulouse e Lyon (ambas com 28), Estrasburgo e Montpellier (17), Reims (11) e Avignon (9).
Apenas duas das 50 cidades mais povoadas da França não realizaram nenhum casamento gay até o momento, Créteil e Argenteuil, ambas na periferia de Paris.
O volume de casamentos homossexuais é menor que o das uniões civis, legalizadas em 1999. Um mês depois da aprovação do Pacto Civil de Solidariedade (PACS), em apenas um mês e meio foram registradas mil uniões entre pessoas do mesmo sexo.
O dado também é inferior ao registrado na Espanha, onde o casamento homossexual foi legalizado em 2006 e em um ano se chegou a 4.500 cerimônias, o que equivaleria a 1.125 casamentos nos primeiros três meses.
No entanto, a França pode chegar a números semelhantes, já que há mil solicitações que esperam sua tramitação antes que acabe o ano, precisou o "France Inter".
A lei que autoriza o casamento homossexual e a adoção por parte de casais do mesmo sexo na França foi promulgada pelo presidente François Hollande, no dia 18 de maio, após sua aprovação na Assembleia Nacional e no Senado.
A mudança legislativa veio acompanhada de uma intensa polêmica que mostrou a divisão da sociedade em relação ao assunto, com grandes manifestações por parte tanto de apoiadores quanto de críticos.
Fonte: Exame, 27/08/2013
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