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Anistia Internacional condena homofobia na África
RIO - Ataques homofóbicos têm atingido níveis perigosos na África subsaariana, denunciou a Anistia Internacional em relatório divulgado nesta terça-feira. Segundo o grupo, os governos estão cada vez mais adotando a criminalização de atos homossexuais como prática e buscando a imposição de novas leis e penalidades. Essa abordagem passa a ideia "tóxica" de que pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais são criminosas, diz o relatório.
De acordo com o documento, titulado "Fazer amor um crime: criminalização de atos do mesmo sexo na África subsaariana", os atos homossexuais constituem crime em 38 países africanos. Alguns dos líderes do continente chegam a dizer que a homossexualidade é não-africana.
Nos últimos cinco anos, o Sul do Sudão e Burundi introduziram novas leis que criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo. Os parlamentos de Uganda, Libéria e Nigéria têm projetos de lei anteriores aos dois países, com o aumento das penas.
"Essas leis malignas devem ser revogadas e os direitos humanos de todos os africanos garantidos", afirmou a Anistia. "Em alguns países africanos, líderes políticos têm como alvo questões de orientação sexual para distrair a atenção de seus registros gerais de direitos humanos, muitas vezes marcados por discriminação desenfreada e violência contra as mulheres, corrupção e falta de liberdade de imprensa", acrescentou.
Em 12 países africanos, em sua maioria ex-colônias francesas, não existe legislação específica que proíbe os atos homossexuais, enquanto os direitos dos gays são formalmente reconhecidos na África do Sul.
Em 2011, os EUA e o Reino Unido sugeriram que se afastariam de países que não respeitam os direitos dos homossexuais no continente conservador. A Anistia afirmou, no entanto, que grupos religiosos dos Estados Unidos financiam e promovem ativamente a homofobia na África e que muitas leis foram herdadas da era colonial.
Fonte: Agência Globo, 25/06/2013
Fonte: Agência Globo, 25/06/2013
Organização divulgou relatório alertando para penalidades contra gays. Obama tem defendido abertamente o avanço dos direitos homossexuais.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve usar sua viagem à África nesta semana para discursar contra as ameaças a gays e lésbicas que estão chegando a níveis perigosos no continente, disse a Anistia Internacional nesta terça-feira (25).
O grupo de direitos humanos divulgou um relatório intitulado "Fazendo do Amor um Crime: a Criminalização das Condutas de Mesmo Sexo na África Subsaariana", que alerta que os governos no continente estavam endurecendo as penalidades contra homossexuais.
Obama tem defendido abertamente o avanço dos direitos dos homossexuais no exterior e instruiu diplomatas dos Estados Unidos e funcionários humanitários a trabalhar nessa frente.
A Anistia afirmou que espera que o presidente dos Estados Unidos discurse contra a perseguição de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros quando fizer sua primeira visita substancial à África nesta semana, com paradas no Senegal, África do Sul e Tanzânia.
"Seu silêncio seria visto com indiferença ao sofrimento deles", disse Adotei Akwei, da Anistia Internacional dos Estados Unidos e especialista em África, em comunicado que acompanhava o relatório.
O relatório da Anistia disse que a conduta homossexual consensual era considerada crime em 38 países na África Subsaariana, com alguns buscando elaborar novas leis para aumentar as penalidades.
Senegal e Tanzânia, que Obama visitará, estão entre os países que criminalizam a homossexualidade. A África do Sul tem persistentemente um número elevado de estupros e assassinatos em sua comunidade de gays e lésbicas, segundo a Anistia.
Fonte: G1, 25/06/2013
Fonte: G1, 25/06/2013
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