Com o tema "O Estado é laico! Construindo direitos, desconstruindo preconceitos: basta de lesbofobia!", a 11ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de São Paulo ( um dos eventos que antecede a 17ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo) acontece neste sábado (1°) na avenida Paulista, com concentração a partir das 12h30 no vão livre do Masp (Museu de Artes de São Paulo).
A caminhada percorrerá a avenida Paulista, a rua Augusta e terminará por volta das 17:00 na praça Roosevelt, região central da capital paulista, onde haverá show da cantora Joana Flor e da Dj Barbara Deister entre outros até às 21:00.
A caminhada tem como objetivo a luta contra a violência, o preconceito, a invisibilidade de lésbicas e bissexuais e contra a discriminação sexista.
Segue trecho do embasamento para esta edição do evento.
O ESTADO É LAICO! CONSTRUINDO DIREITOS, DESCONSTRUINDO PRECONCEITOS: BASTA DE LESBOFOBIA!
Ao sair às ruas, chamamos atenção para o conjunto de práticas opressoras em relação às mulheres lésbicas como indivíduos, casal ou grupo social, cuja justificativa não encontra amparo nos princípios do estado laico de direito, mas, sim, em discursos religiosos e na tradição machista e patriarcal de nossa sociedade. Práticas que englobam preconceito, discriminação e abusos violentos. Opressão que se manifesta nas diversas esferas pessoais e sociais da vida de cada mulher, iniciando-se desde o ambiente familiar, que não permite a livre expressão das meninas ao cobrar delas comportamentos, gostos e pensamentos condizentes com o padrão heteronormativo.
Nossa sexualidade ainda é taxada como fetiche e erotismo. Somos alvos de constrangimento pela nossa vestimenta, que se não estiver de acordo com os ideais machistas, é passível de ridicularização ou assédio.
Ainda, precisamos sair às ruas em protesto para que possam nos enxergar como mulheres, como lésbicas e bissexuais, cujo desejo é inerente a cada uma e independente de outras experiências com homens. Nossa sexualidade não é baseada na falta do afeto masculino; não é baseada na negatividade do homem para conosco; passa longe de não ter "encontrado o homem certo". É a nossa vontade manifestada; é o nosso desejo exposto e autônomo. Num cenário conservador e moralista pelo qual nos encontramos, a heterossexualidade obrigatória continua a sustentar as bases do patriarcado.
O apagamento social, pelo qual nós lésbicas e bissexuais passamos rotineiramente, se reflete em variadas violações de direitos básicos, associadas à falta de acesso a bens e serviços em diferentes áreas, setores, segmentos, bem como à falta de acesso ou a não existência de políticas públicas referentes à geração de emprego e renda, a educação, saúde, cultura, assistência social, etc. E nós, lésbicas e bissexuais, continuamos em luta diária para o reconhecimento da nossa sexualidade e autonomia enquanto mulheres livres, como deve permitir e defender um Estado laico.
Lutemos então pela viabilização real da laicidade das políticas públicas!
Com informações da Folha de São Paulo e do site XI Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de São Paulo
Com informações da Folha de São Paulo e do site XI Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de São Paulo
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