Kyvia Torres Rego ferida devido à ação truculenta da polícia (Crédito: Priscila Peixoto) |
Foram registrados, pela imprensa e redes sociais, três casos de agressão envolvendo mulheres lésbicas neste mês de fevereiro, respectivamente em São Paulo (dia 15), Goiás (dia 17) e Brasília.
Em São Paulo, um casal de mulheres foi agredido dentro um trem na linha 9 esmeralda da CPTM entre as estações Santo Amaro e Granja Julieta. Por reclamar de um empurrão que levou de um passageiro que entrava no vagão, uma das moças, a mais butch, foi agredida verbal e depois fisicamente pelo citado passageiro, levando socos no rosto. A outra foi agredida verbalmente. Segundo as moças, além de não terem obtido ajuda dos outros passageiros, ainda não foram bem atendidas pela polícia quando registram o BO. (Infelizmente, o vídeo onde as vítimas relatavam o evento foi tornado privado hoje, sem maiores explicações. Atualizaremos, se possível, posteriormente.)
Em Goiás, a ação truculenta da polícia, ao apartar um casal de mulheres que brigava, resultou em contusões e na amputação das pontas dos dedos de uma delas (detalhes no áudio da CBN abaixo e em novo vídeo da R7).
Em Brasília, uma estudante de Agronomia, da universidade local, foi agredida por um homem, que a chamou de "lésbica nojenta", quando se dirigia para seu carro no estacionamento da instituição. Segue notícia do G1 sobre o caso.
Como os casos chegaram a público - importante denunciar - espera-se que sejam devidamente apurados e os responsáveis pela agressões devidamente punidos.
Como os casos chegaram a público - importante denunciar - espera-se que sejam devidamente apurados e os responsáveis pela agressões devidamente punidos.
Jovem denuncia agressão policial por homofobia em Valparaíso
A vítima perdeu dois dedos da mão durante a abordagem policial violenta
O suposto abuso de poder ocorreu no último domingo, no Parque São Bernardo, em Valparaíso. Kyvia Torres Rego, 34 anos, discutia com a companheira Renata Agrale, 24 anos, dentro de casa. A briga tomou grandes proporções e foi parar no meio da rua. Vizinhos que presenciaram o fato acionaram uma viatura da polícia que circulava próximo à residência do casal.
Segundo Heyrovsky Torres - irmão de Kyvia, dois policiais militares chegaram ao local e abordaram as duas. Um deles pegou as chaves e os documentos do carro de Renata que estavam jogados no chão e pediu para que a mulher fosse embora. Kyvia, na tentativa de impedir a saída da namorada, entrou no banco de trás do carro.
Ainda segundo Heyrovsky, um dos policiais tirou a moça do carro e a jogou no chão. "O policial perguntou quem era o homem da relação e em seguida começou a espancar minha irmã, falando que, a partir daquele momento iria tratá-la como homem" explicou Torres.
No momento em que Kyvia tentou ficar em pé, foi atingida com um golpe no estômago. O soco fez com que a mulher caísse novamente dentro do veículo. O militar a tirou do banco e Kyvia caiu no chão, neste momento a porta do carro bateu, prendeu e decepou os três dedos da vítima no automóvel.
Os policiais pediram reforço e uma outra viatura chegou ao local. Os homens algemaram Kyvia, - que já estava sem os dedos - e levaram ao hospital da região. Renata registou ocorrência na delegacia de Valparaíso e Kyvia permanece internada com hematomas por todo o corpo - sem previsão de alta.
O delegado de Valparaíso Alexandre Moreira, informou que vai convocar todos envolvidos para prestar depoimento e providenciar o laudo de corpo de delito para provar a suposta agressão policial. Todas as provas serão encaminhadas para a corregedoria da Polícia Militar de Goiás para procedimentos internos.
As famílias das vítimas comunicaram que irão entrar com ação indenizatória contra o estado e contra os policiais militares.
Uma estudante da Universidade de Brasília (UnB) foi agredida no estacionamento da instituição. Segundo a universitária, o agressor a chamava de "lésbica nojenta". A 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) investiga o caso.
Fonte: Diário de Pernambuco via Correio Braziliense
Agredida na UnB, estudante diz que foi vítima de homofobia
Enquanto batia na vítima, agressor a teria chamado de 'lésbica nojenta'.
Jovem registrou ocorrência na 2ª DP; polícia não quis se pronunciar. Uma estudante do 5º semestre de agronomia da Universidade de Brasília (UnB) foi à polícia nesta segunda-feira (18) e afirmou ter sido vítima de agressão corporal motivada por homofobia.
A mãe da jovem, Sílvia Rodrigues, afirma que a filha, que prefere não ser identificada, andava em direção ao carro no estacionamento do ICC Sul, por volta das 17h desta segunda, quando foi derrubada por um homem, aparentemente com idade entre 18 e 22 anos. O agressor teria desferido socos e chutes contra a estudante enquanto gritava "lésbica nojenta". Sílvia Rodrigues diz que, após algum tempo, a filha conseguiu empurrar o homem, que fugiu.
De acordo com a família da estudante, ela precisou de atendimento médico e teve a perna esquerda e o braço direito enfaixados. À noite, ela registrou ocorrência na 2ª delegacia de polícia, na Asa Norte.
A mãe da jovem diz não saber o que fazer. "Estou indignada e revoltada. A que ponto chega a homofobia? Qual o limite de uma pessoa que faz isso?" Sílvia Rodrigues afirma que a filha está com medo de voltar às aulas na universidade. "Ela está com medo de sofrer uma agressão de novo, pois parece que a pessoa já a conhecia."
Procurada pelo G1, a Polícia Civil disse que, por enquanto, não se pronunciará sobre o caso. A UnB afirmou que não foi comunicada oficialmente e que repudia qualquer tipo de ato homofóbico. A instituição também disse que ainda não foi procurada pela aluna, mas que vai dar todo suporte necessário à estudante.
O vídeo consta como privado, não consigo assistir.
ResponderExcluirCris, não estava como privado ainda ontem. Se encontrar outro link aberto ao público, divulgo. Não entendo porque colocaram o vídeo como privado agora. Não era para denunciar a violência? Enfim....
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