Edição 12 do Lampião que dá início ao Grupo Lésbico-Feminista (LF) |
A organização lésbica brasileira se inicia no começo de 1979 quando algumas mulheres ingressam no primeiro grupo homossexual do país, o SOMOS, formando um subgrupo, em maio daquele ano, que recebeu várias denominações (facção lésbica-feminista, subgrupo lésbico-feminista, ação lésbica-feminista) até oficializar-se, em sua breve vida (de 1979 a meados de 1981) com o nome de Grupo Lésbico-Feminista (LF). Este grupo será pioneiro no tratamento da questão homossexual, dentro do Movimento Feminista, e da questão da mulher, dentro do Movimento Homossexual, bem como na elaboração da primeira publicação lésbica do país, intitulada ChanacomChana (janeiro de 1981).
Em outubro de 1980, o Grupo Lésbico-Feminista, a partir de uma série de conflitos internos, sofre um racha, com a maior parte de suas integrantes deixando a militância, algumas outras formando um outro grupo lésbico (Terra Maria), ou indo atuar em organizações feministas (SOS Mulher), e outras ainda decidindo dar continuidade ao grupo lésbico-feminista com outra perspectiva. Para informações mais detalhadas sobre o Grupo Lésbico-Feminista (LF), clicar aqui.
Em outubro de 1981, as que optaram por dar continuidade à militância especificamente lesbiana e feminista (Miriam Martinho e Rosely Roth), fundaram o Grupo Ação Lésbica Feminista (GALF), organização que voltou a produzir a publicação ChanacomChana, como boletim, construiu a primeira biblioteca sobre a temática lésbica no Brasil, fez as primeiras reivindicações junto a políticos pelo combate contra a discriminação, as primeiras articulações entre ativistas lésbicas em nível internacional (em particular da América Latina), as primeiras aparições públicas nos meios de comunicação nacionais (mídia impressa e televisiva) e permaneceu atuante durante praticamente toda a década de oitenta (1981-1989), ao contrário das outras poucas organizações lésbicas da época que tiveram vida efêmera.
Em 1989, o Grupo Ação Lésbica-Feminista também se encerra, dando origem à Rede de Informação Um Outro Olhar, esta muito influenciada, em seus primeiros anos, por distintas correntes ideológicas do Movimento Lésbico Internacional (não só mais pelo Feminismo), participando de vários encontros nacionais e internacionais e tornando-se, a partir de 1995, uma organização não-governamental, com vários projetos na área de saúde da mulher, com recorte para a população lésbica.
Abaixo, sumário cronológico da organização lésbica no Brasil dos anos 80, 90, até 2003.
Em outubro de 1980, o Grupo Lésbico-Feminista, a partir de uma série de conflitos internos, sofre um racha, com a maior parte de suas integrantes deixando a militância, algumas outras formando um outro grupo lésbico (Terra Maria), ou indo atuar em organizações feministas (SOS Mulher), e outras ainda decidindo dar continuidade ao grupo lésbico-feminista com outra perspectiva. Para informações mais detalhadas sobre o Grupo Lésbico-Feminista (LF), clicar aqui.
Em outubro de 1981, as que optaram por dar continuidade à militância especificamente lesbiana e feminista (Miriam Martinho e Rosely Roth), fundaram o Grupo Ação Lésbica Feminista (GALF), organização que voltou a produzir a publicação ChanacomChana, como boletim, construiu a primeira biblioteca sobre a temática lésbica no Brasil, fez as primeiras reivindicações junto a políticos pelo combate contra a discriminação, as primeiras articulações entre ativistas lésbicas em nível internacional (em particular da América Latina), as primeiras aparições públicas nos meios de comunicação nacionais (mídia impressa e televisiva) e permaneceu atuante durante praticamente toda a década de oitenta (1981-1989), ao contrário das outras poucas organizações lésbicas da época que tiveram vida efêmera.
Em 1989, o Grupo Ação Lésbica-Feminista também se encerra, dando origem à Rede de Informação Um Outro Olhar, esta muito influenciada, em seus primeiros anos, por distintas correntes ideológicas do Movimento Lésbico Internacional (não só mais pelo Feminismo), participando de vários encontros nacionais e internacionais e tornando-se, a partir de 1995, uma organização não-governamental, com vários projetos na área de saúde da mulher, com recorte para a população lésbica.
Abaixo, sumário cronológico da organização lésbica no Brasil dos anos 80, 90, até 2003.
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Publicado originalmente em 2004 no site Um Outro Olhar sob o título 1979-2004: 25 Anos de Organização Lésbica no Brasil. Nova edição 21 de agosto de 2012.
Ver também:
Tributo a Rosely Roth e Livreto Dia do Orgulho das Lesbianas do Brasil
Agosto com orgulho: Repercussão do 19 de agosto na Imprensa
sensacional !adorei o artigo principalmente por ele ser necessário ,pois faço um trabalho da facul sobre o assunto e estou com dificuldade em encontrar material de qualidade como esse , parabéns ,obrigada
ResponderExcluirmuito maneiro... adorei....legal q continue assim.
ResponderExcluirOlá! Como faço para ter acesso ao jornal e aos boletins do chanacomchana? A biblioteca sobre temática lesbica mencionada no artigo tem qual endereço em sp?
ResponderExcluirobrigada