Mães pela Igualdade |
Autor(a): Míriam Martinho
O preconceito contra a homossexualidade não fere apenas as pessoas homossexuais mas também seus familiares. Afinal somos todos criados por essa mesma sociedade onde a heterossexualidade não é somente uma sexualidade, entre outras, mas sim a única considerada normal. E normal com base na visão judaico-cristã que atribui à sexualidade humana uma mácula a ser purificada através do sagrado laço do matrimônio, entre homem e mulher, para fins reprodutivos com vistas à formação da família. A propósito, vale aqui lembrar a origem da palavra família: família vem do latim famulus, criado ou servidor, que, em seu desenvolvimento, passou a designar um grupo de pessoas unidas por laços de sangue, vivendo sob o mesmo teto e submetido à autoridade comum de um chefe.
Na família, as pessoas são adestradas a se conformarem aos papéis que se espera de homens e mulheres através de uma educação diferenciada. Os meninos são adestrados para se tornarem masculinos e heterossexuais. As meninas, para se tornarem femininas e heterossexuais. Não faz muito tempo, também fazia parte, dessas camisas-de-força, o papel do homem como único provedor do lar e o da mulher como somente dona de casa, esposa e mãe. E muitos conservadores ainda sonham com esse modelito antiquado até hoje.
Para completar a conformidade de meninas e meninos aos seus papéis "certos", a sociedade estabeleceu inúmeras sanções sociais e até legais. Não é preciso ser muito genial, diante dessa realidade de coerção e de punição dos que se desviam da heteronorma, para constatar que a visão da heterossexualidade como a única "normal", "natural" é uma das grandes mentiras de todos os tempos. Se fosse a única normal e natural, não haveria necessidade de ser ensinada, muito menos garantida na base de todo o tipo de repressão. Tanto a heterossexualidade é ensinada como a única sexualidade certa que os pais de homossexuais, quando os aceitam, sempre se perguntam: "- Onde é que eu errei!?"
Não errou em coisa alguma. Acontece que a sexualidade humana não é realmente restrita à heterossexual e, apesar de todo o adestramento para a conformidade às normas, o desejo, aquele tentador que não tem receita nem nunca terá, leva algumas pessoas a rompê-las. Essa ruptura tem um custo, às vezes bem elevado, mas cada vez menor nos tempos de hoje. Por mais que conservadores, sobretudo religiosos, esbravejem suas velhas cantilenas excludentes, mais e mais homossexuais vêm assumindo suas preferências erótico-afetivas sem medo. E agora seus familiares também, antes imersos em desnecessárias culpa e vergonha, mostram a cara e falam de como o amor verdadeiro sempre supera o preconceito.
É nessa linha que segue o sensível documentário O Segredo dos Lírios onde três mães, Estela, Christiane e Vera, de três garotas lesbianas, falam do processo de aceitação de suas filhas. Abaixo do vídeo, a ficha técnica do documentário e o contato da produção.
O preconceito contra a homossexualidade não fere apenas as pessoas homossexuais mas também seus familiares. Afinal somos todos criados por essa mesma sociedade onde a heterossexualidade não é somente uma sexualidade, entre outras, mas sim a única considerada normal. E normal com base na visão judaico-cristã que atribui à sexualidade humana uma mácula a ser purificada através do sagrado laço do matrimônio, entre homem e mulher, para fins reprodutivos com vistas à formação da família. A propósito, vale aqui lembrar a origem da palavra família: família vem do latim famulus, criado ou servidor, que, em seu desenvolvimento, passou a designar um grupo de pessoas unidas por laços de sangue, vivendo sob o mesmo teto e submetido à autoridade comum de um chefe.
Na família, as pessoas são adestradas a se conformarem aos papéis que se espera de homens e mulheres através de uma educação diferenciada. Os meninos são adestrados para se tornarem masculinos e heterossexuais. As meninas, para se tornarem femininas e heterossexuais. Não faz muito tempo, também fazia parte, dessas camisas-de-força, o papel do homem como único provedor do lar e o da mulher como somente dona de casa, esposa e mãe. E muitos conservadores ainda sonham com esse modelito antiquado até hoje.
Mães pela Igualdade |
Não errou em coisa alguma. Acontece que a sexualidade humana não é realmente restrita à heterossexual e, apesar de todo o adestramento para a conformidade às normas, o desejo, aquele tentador que não tem receita nem nunca terá, leva algumas pessoas a rompê-las. Essa ruptura tem um custo, às vezes bem elevado, mas cada vez menor nos tempos de hoje. Por mais que conservadores, sobretudo religiosos, esbravejem suas velhas cantilenas excludentes, mais e mais homossexuais vêm assumindo suas preferências erótico-afetivas sem medo. E agora seus familiares também, antes imersos em desnecessárias culpa e vergonha, mostram a cara e falam de como o amor verdadeiro sempre supera o preconceito.
É nessa linha que segue o sensível documentário O Segredo dos Lírios onde três mães, Estela, Christiane e Vera, de três garotas lesbianas, falam do processo de aceitação de suas filhas. Abaixo do vídeo, a ficha técnica do documentário e o contato da produção.
Estela, Christiane e Vera: três mães cujo amor supera o incomum.
Direção: Brunna Kirsch e Cris Aldreyn
Dir. de Fotografia: Roberto Valduga Junior
Montagem: Eduarda Nedel
Produção: Fran Pothin
Som: Willian Soares
Contato: clube7prod@gmail.com | (51) 9212-7418
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