Imagem do suposto comercial ofensivo da Schin |
Por Míriam Martinho
A escritora britânica Doris Lessing, já no início dos anos noventa, afirmava, em artigo reproduzido pelo New York Times, em 2007, intitulado Questions You Should Never Ask a Writer (Perguntas que nunca se deveria fazer a um escritor), que o "politicamente correto" era um legado do comunismo, embora isso não fosse perceptível para a maioria. Nesse artigo, a prêmio Nobel de Literatura de 2007 buscava apresentar as evidências da influência comunista (esquerdista) no "politicamente correto" e declarava, entre outras coisas, que:
A escritora britânica Doris Lessing, já no início dos anos noventa, afirmava, em artigo reproduzido pelo New York Times, em 2007, intitulado Questions You Should Never Ask a Writer (Perguntas que nunca se deveria fazer a um escritor), que o "politicamente correto" era um legado do comunismo, embora isso não fosse perceptível para a maioria. Nesse artigo, a prêmio Nobel de Literatura de 2007 buscava apresentar as evidências da influência comunista (esquerdista) no "politicamente correto" e declarava, entre outras coisas, que:
"O politicamente correto tem um lado bom? Sim, ao nos impelir a reexaminar nossas atitudes, o que é sempre útil. O problema é que, como em todos os movimentos populares, os radicais, a princípio à margem, acabam assumindo a liderança dos movimentos; a cauda começa a sacudir o cão. Para cada mulher ou homem que tranquila e razoavelmente usa o politicamente correto para examinar suas suposições, há vinte demagogos cuja real motivação é o desejo de poder sobre os outros, não menos demagogos porque se veem como antirracistas ou feministas ou seja lá o quer for."
Perfeito. Doris Lessing escreveu esse artigo, em junho de 1992, dando conta de que o "politicamente correto" já estava incomodando desde então na Inglaterra e na Europa em geral. De lá para cá, sua presença fanática e intolerante só tem feito crescer e vem se tornando cada vez mais perigosa na medida em que encontra eco em agentes do Estado. (No Brasil, serve também como cortina de fumaça para os reais problemas do país.) Não se trata mais apenas de as pessoas se irritarem com os despropósitos desses ativistas que dão vazão a seus pendores autoritários sob a desculpa esfarrapada de que as coisas mais bobas são ofensivas para este ou aquele grupo discriminado. Hoje essa corrente deturpada de ativismo patrulha a sociedade buscando coagir artistas, publicitários, celebridades a se conformar a seus cânones excessivos.
Este caso da suposta ofensa às travestis no comercial da nova Schin é mais um dos exemplos das ações dessa gente cuja real motivação - como afirmou Doris Lessing - é o desejo de poder sobre os outros. O comercial não tem absolutamente nada de ofensivo. Aliás, em mais de noventa por cento das vezes, não existe de fato nada de ofensivo nos comerciais, obras literárias, músicas, etc. com as quais esse pessoal cisma. A Schin fez muito mal em ter tirado o comercial do ar antes mesmo de qualquer reclamação oficial do CONAR. Deveria ter deixado o CONAR decidir sobre a suposta ofensa, como fez o pessoal das calcinhas HOPE, com a Gisele Bündchen, também acusado de ofender as mulheres talvez por ter apresentado uma mulher bonita de lingerie.
Cabe também salientar que a queixa partiu da ABGLT e não da ala gay, como a imprensa erroneamente registrou. Muitas pessoas homossexuais são tão contra esses excessos como as hétero e alertam, com toda a razão, que esse tipo de atitude só alimenta o discurso dos reais homofóbicos que dele se aproveitam para dizer que a militância quer censurar a sociedade e a liberdade de expressão. E diante dessas extrapolações do "rabo que balança o cão", como não pensar exatamente assim? Mais uma nota fora da ABGLT (que não representa a população homossexual) e da própria Schin que se acovardou com a pressão autoritária que sofreu em vez de resistir a ela! Ou as pessoas começam a se opor a esse tipo de ação fascistóide ou vamos terminar todos calados e mediocrizados por esses radicais antidemocráticos.
Cabe também salientar que a queixa partiu da ABGLT e não da ala gay, como a imprensa erroneamente registrou. Muitas pessoas homossexuais são tão contra esses excessos como as hétero e alertam, com toda a razão, que esse tipo de atitude só alimenta o discurso dos reais homofóbicos que dele se aproveitam para dizer que a militância quer censurar a sociedade e a liberdade de expressão. E diante dessas extrapolações do "rabo que balança o cão", como não pensar exatamente assim? Mais uma nota fora da ABGLT (que não representa a população homossexual) e da própria Schin que se acovardou com a pressão autoritária que sofreu em vez de resistir a ela! Ou as pessoas começam a se opor a esse tipo de ação fascistóide ou vamos terminar todos calados e mediocrizados por esses radicais antidemocráticos.
Abaixo o comercial supostamente ofensivo. Para quem gosta de ver pelo em casca de ovo, realmente uma barbaridade homofóbica.
E então, leitoras: vcs acham que não há discriminação nesse vídeo?
ResponderExcluirAeehh, leitoras! Tem politicamente correto na área chamando vocês de idiotas. affe....
ExcluirAcho que as pessoas não sabem mais separar o que é preconceito e o que não é. Com tanto preconceito real que denunciar e ficam ai encarnando com besteira. Não vi nenhum tipo de desrespeito no comercial. Tiram sarro é do cara que se confundiu. Falta do que fazer dessa abglt.
ResponderExcluirConcordo. Os caras estão rindo do cara e não do travesti. Depois todos sentam juntos bebendo e rindo. Seria ótimo se fosse mesmo assim. Sou gay e achei bem engraçado, nada ofensivo. A tal abglt tá procurando chifre em cabeça de cavalo e queimando nosso filme. Ridículos....
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